Arte

Saturday, 25 April 2015 19:36

CRAVOS E SANTAS

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Capa do livro Cravos e Santas. Capa do livro Cravos e Santas.

Mergulhar na leitura de Cravos e Santas é retornar ao Aracati do passado e também ao Aracati de um presente ainda recente, onde nossas igrejas, ruas, costumes e hábitos e religiosidade se entrelaçam numa história de amor, mistério, suspense e política ocorrida na antiga e romântica cidade de Lisboa. 

Valdy Menezes com sua fértil imaginação de ficcionista e historiador nos conduz com maestria a seguir cada parágrafo, cada página, num ansioso suspense, que se torna impossível largar o livro Cravos e Santas, quando se começa a ler. 

Quando da chegada ao Aracati do casal protagonista dessa história, Valdy Menezes retrata uma cidade devastada pela grande enchente de 1974 mostrando as tristezas e as mazelas deixadas por essa tragédia. 

 
Faz-nos recordar figuras que foram marcantes no cotidiano de nossa cidade quando dá vida ao velho jornalista Monteiro e ao seu programa cultural na rádio local, e à hoteleira Anésia revivendo sua maneira de receber seus hóspedes nas parcas acomodações do seu pequeno hotel. 

 
A descrição das nossas igrejas narradas pelo autor, assim como também dos seus zeladores, é uma aula de história sobre nossos templos e suas particularidades, que poucos na verdade conhecem e são agora reveladas em Cravos e Santas. 

 
A descrição do enterro do anjinho pela rezadeira Maria Carteira é uma peça que se destaca como o momento primoroso de toda narrativa. Digna de se compor como uma oração. 

 
O segredo extremamente bem guardado da Irmandade do Santíssimo Sacramento é o fio condutor de toda a trama e do enredo desse livro que prende o leitor da primeira à última página. 

 
Confesso que fiquei deveras entusiasmado e surpreso com a capacidade do estreante escritor Valdy Menezes, em engendrar uma teia tão bem urdida e traçada levando o leitor a desejar que a história tenha uma continuação quando se acaba de ler o livro. Deixando aquela vontade de querer saborear mais dessa narrativa que nos faz viajar ao passado, mas que também nos traz o presente. 

 
Aconselho a começarem a ler o livro num horário em que não possam parar, pois nos arrebata de curiosidade e desejo de conhecer o seu final tão envolvente de Cravos e Santas em seu entrecho, seus mistérios e suspenses pelos lugares turísticos e românticos de Lisboa enlaçados pelas ruas e igrejas de Aracati num romance amoroso e misterioso banhado pelas cálidas águas do Rio Jaguaribe e iluminado pela luz da lua e das estrelas de Canoa Quebrada. 


Serviço 

Cravos e Santas 

Lançamento 25 de abril de 2015 
Jardim do Museu Jaguaribano 
Centro Histórico de Aracati, às 20h. 

 

Lido 355 vezes Última modificação em Sunday, 06 November 2022 23:15
Antero Pereira Filho

ANTERO PEREIRA FILHO, nasceu em Aracati-CE em 30 de novembro de 1946. Terceiro filho do casal Antero Pereira da Silva e Maria Bezerra da Silva, Antero cresceu na Terra dos Bons Ventos, onde foi alfabetizado pela professora Dona Preta, uma querida amiga da família. Estudou no Grupo Escolar Barão de Aracati até 1957 e, a partir de 1958, no Colégio Marista de Aracati, onde concluiu o Curso Ginasial.
Em 1974, Antero casou-se com Maria do Carmo Praça Pereira e juntos tiveram três filhos: Janaina Praça Pereira, Armando Pinto Praça Neto e Juliana Praça Pereira. Graduou-se em Ciências Econômicas pela URRN-RN em 1976 e desde então tem se destacado em sua carreira profissional.
Antero atuou como presidente do Instituto do Museu Jaguaribano em duas gestões (1976-1979/1982-1985) e foi secretário na gestão do prefeito Abelardo Gurgel Costa Lima Filho (1992-1996), responsável pela Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura.
Além de sua carreira profissional, Antero é conhecido por seus estudos sobre a história e a memória da cidade e do povo aracatiense, amplamente divulgados em crônicas e artigos publicados na imprensa local desde 1975. Em 2005, sua crônica "O Amor do Palhaço" foi adaptada para o cinema em um curta-metragem (15") com direção de seu filho, Armando Praça Neto.

Obra

Assim me Contaram. (1ª Edição 1996 e 2ª Edição 2015)
Histórias de Assombração do Aracati. Publicação do autor. (1ª Edição 2006 e 2ª Edição 2016)
Ponte Presidente Juscelino Kubitschek. (2009)
A Maçonaria em Aracati (1920-1949). (2010)
Aracati era assim... (2024)
Fatos e Acontecimentos Marcantes da História do Aracati. (Inédito)
Notícias do Povo Aracatiense (Inédito)

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